Que Assim Seja!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O que é o Erê?





O que é o erê? 

Erê é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu Orixá. A palavra Eré vem do yorubá, eré, que significa "brincar". Daí a expressão siré que significa "fazer brincadeiras". A palavra iré em yorubá significa "boa ação ou favor". Também podemos indentificar o erê como derivado do termo iorubá asiwere, que possui o significado de louco ou maluco, entretanto, essas palavras precisam ser interpretadas de forma mais amena porque se refere somente ao comportamento infantil.
O Ere (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância pois é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.O Erê é às vezes confundido com ibeji, que na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão.
O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de "Erê" é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Noventa por cento dos iniciados não possuem assentamento de ere, pois acredita-se que ele está contido na própria energia do Orixá, embora suas oferendas são servidas e sempre estão presentes nos rituais de mesa fria.
O erê é masculino se o orixá for masculino, ou feminino se o orixá é feminino. Por ser um estado intermediário entre o orixá e o iyawo ele se restringe a comer comidas de santo, sua fala é um misto de iorubá com a língua nativa do iyawo. Cada erê tem seu nome particularizado, de acordo com as especificações de cada orixá. Aqueles dedicados a Xangô podem ser chamar Trovão, Corisco; os de Iyemanja, Pérola, Estrela do Mar, Conchinha; os de Oxalá, Atori, Nuvem, Pilão e assim por diante.

É IMPORTANTE NÃO CONFUNDIR O ERÊ DO CANDOMBLÉ (ESTADO DE TRANSE INTERMEDIÁRIO ENTRE O ORIXÁ E O IYAWO) COM O ERÊ DA UMBANDA (ESPIRITO DE UMA CRIANÇA DESENCARNADA QUE RETORNA PARA A PRATICA DA CARIDADE E PARA CONTINUAR SUA EVOLUÇÃO) 

Percebam a diferença na definição de Ibejada - A falange das Crianças na Umbanda. 

Erê (espíritos de Crianças) na Umbanda são a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros (casa da Umbanda) simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza.
São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comuns, normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc...
As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.


Retirado do Facebook Página: Cartomancia Marcio Adewewe
Agradeço pelas postagens para o conhecimento, crescimento mental e espiritual dos nossos queridos irmãos de Fé.. e de nossa querida Umbanda...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A Vida. Atotô Obaluaê!



Hoje falarei sobre Seu Omulu, meu Pai Omulu... Atotô Obaluaê!
No momento que conheci as pessoas, que conheci esse Orixá maravilhoso, minha vida mudou completamente, não só a minha mas sim de minha família, e digo pra melhor, com erros, e acertos. Somos seres humanos, e erramos muitas vezes, mas sempre querendo concertar os erros cometidos e sempre com ótimas orientações, do nosso Orixá Omulu nosso pai... que nos acolheu com amor de pai com seus filhos...
E as pessoas que nos levou até Seu Omulu, só tenho que agradecer, e como sempre falo são pessoas maravilhosas, que a amo-os e sempre amarei... pela gratidão que tenho a essas pessoas... Porque meu Pai Oxalá sabe do coração de cada um de seus filhos aqui na terra... e meu pai Omulu também sabe...
Orixá Omulu representa pra mim a chave da vida eterna, com ensinamentos da vida, lhe mostrando o caminho, não nos entregando nada em mão beijada, e sim nos ensinando a pescar, nos ensinando a ter a compreensão, o entendimento, o amor ao próximo, a caridade, humildade, respeito principalmente...
Coisas simples que para nós seres humanos parecem ser um pouco complicado, mas com o tempo vamos assimilando aos poucos e vamos entendendo, uns demora um pouco mais, outros aprendem um pouco mais rapido... mas sempre continuaremos aprendendo cada vez mais...
E esse Orixá maravilhoso que é Seu Omulu, com a permissão de nosso Pai Oxalá ele esta presente para esta orientando seus filhos...
Não tenho explicações para falar à vocês o quanto sou grata por Vós Seu Omulú, por ter reafirmando nossa Fé em Deus e a Ti meu pai Omulú... Se erramos iremos aprender com os nossos erros... e sim não cair nas tentações do mundo, dos inimigos como Vós sempre nos orientou Seu Omulu.
E Vós sempre nos falou: Toda Ação tem uma Reação.
E isso sempre levarei comigo na minha mente e coração!
Obrigado seu Omulu meu pai, por todo seu ensinamento...
Obrigada meu Pai Oxalá, por essa oportunidade maravilhosa, por fazer parte de minha vida pessoas, Orixás, Entidades maravilhosas que sempre estarão presentes em meu coração e mente!
Axé meu Pai Oxalá, Axé meu pai Atotô Obaluaê!
Axé a minha Família de sangue e de não sangue!
Axé a Todos!

PS.: MEU AMOR É ETERNO!

ATOTÔ OBALUAÊ!

Palavras de Érica Fonseca!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ser Umbandista e Ser Espírita!



Ser espírita e ser umbandista é ter o coração aberto ao prato e à dor alheia em rude tempestade!
é ser o abrigo e o porto, a nau em rumo incerto, a brisa, a luz e o amor nas adversidades!
Ser espírita é ter em si, a descoberto, as lições do Evangelho em fulgidas verdades; é perdoar e ter espírito referto das vibrações do Cristo em doces claridades admiração.
É semear o trigo entre espinhos e flores, arar a terra seca, infértil, pedregosa, cobri-la com o suor e a lagrima das dores!
Ser espírita é rir...é orar em cada canto.
Ao estender a mão já trêmula e calosa.
Pra levantar alguém que jaz caído em pranto!


Mensagem de Heitor Luz Filho
Retirado do Livro: Uma Janela Para o Céu.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ervas na Umbanda - Espada de São Jorge



A espada de São Jorge (ou espada de Ogum) possui a propriedade de neutralizar energias negativas nos ambientes, justamente por isso está sempre presente nos terreiros de Umbanda e nas casas dos umbandistas.  De origem africana, é altamente resistente ao sol, ao calor e à fata de água. É muito usada pelas entidades para dar passes nos consulentes e também, embora em menor proporção, em banhos. O simples fato de ter um vaso com espada de São Jorge já ajuda a afastar e neutralizar energias indesejadas. Nome científico: Sansevieria Zeylanica Willd.




Texto de: Douglas Fersan

Blog: Umbanda em Debate
Imagem tirada do Blog: Cura e Auto Cura

Ervas na Umbanda: Arruda



Uma das ervas mais comuns na Umbanda. Seu uso é feito através da defumação e de banhos e as partes utilizadas são as folhas. Sua principal função é fazer a limpeza astral e afastar as energias negativas. É uma erva de Oxóssi, mas também muito utilizada pelos pretos velhos. Há quem diga que a arruda funciona como um "termômetro espiritual", ou seja, quando as energias do ambiente estão equilibradas, suas folhas e galhos se mantêm vivas e empinadas. Quando o ambiente está carregado de energias negativas, ela tende a absorvê-las, por isso fica murcha e pode secar. Trata-se de uma das chamadas "ervas quentes", ou seja, aquelas que têm a propriedade de realizar limpezas energéticas mais pesadas.




Texto de:
Douglas Fersan
Blog: Umbanda em Debate
Imagem Tirada da Internet

A Calunga Grande.


O termo "calunga" é de origem bantu e tradicionalmente faz referência à morada dos mortos, ou mais comumente, ao cemitério.  Assim, sempre que nos referimos à calunga, estamos nos referindo ao campo santo, o cemitério, o local os despojos carnais são depositados.  No entanto, essa palavra assumiu uma outra dimensão.

Ao serem capturados (ou ao ver seus irmãos sendo feitos cativos) e colocados em navios negreiros, os africanos passaram a ver o mar como um grande cemitério, já que a viagem rumo à escravidão representava uma espécie de morte em vida.  Era como se o mar levasse embora tudo que lhes era precioso: os costumes, a crença, a dignidade, o convívio com os entes queridos e, principalmente, a liberdade.  Dessa forma, o mar passou a ser encarado como uma grande calunga, ou seja, como um grande cemitério.

Assim surgem dois novos verbetes no vocabulário do negro – e que viriam integrar o dialeto das religiões com matiz africana: a calunga grande (o mar) e a calunga pequena (o cemitério propriamente dito).

Há um aparente paradoxo na utilização desse termo para se referir ao mar, afinal não é ele um dos reinos dos orixás?  Não seria o mar a origem da vida?  Então como relacioná-lo à morte?

Não esqueçamos que a morte (iku em yorubá) não representa o fim, e sim uma transformação.  Não esqueçamos também que Omolu, o orixá da cura, mas também da morte (no sentido de transformação, não de fim), e Iemanjá, a rainha do mar, o princípio e a origem da vida, da maternidade, da concepção. 

O que parece ser um paradoxo é, na verdade, a explicação para essa questão.  Ao mesmo tempo em que o mar representava a morte aos cativos, representava também um renascimento no Brasil.  Não que esse renascimento fosse algo agradável, longe de defender a escravidão, mas era um renascimento no sentido de levar a sua cultura, as suas crenças, os seus orixás a terras tão distantes.  Era como se a o pai Omolu determinasse o fim em terras africanas e Iemanjá um recomeço em novas terras, permitindo assim que os povos americanos tivessem a oportunidade de conhecer as divindades pelo ponto de vista africano, e não do europeu, tradicionalmente cristão/católico.  Concluímos que aqueles negros cativos, bravos heróis, deram a sua liberdade e a sua vida para nos agraciar com a crença e o conhecimento sobre os divinos orixás, inkisses e voduns.  Graças a eles e à sua heroica resistência hoje temos a oportunidade de cultuar essas entidades, sem a viseira das religiões tradicionais da Europa.

Assim sendo, o mar, chamado de calunga grande, que representou em tempos idos um gigantesco cemitério, é para nós um reino sagrado, que nos trouxe essa oportunidade.  A quem cultua as divindades do panteão africano não basta reverenciar seus reinos sagrados, é preciso conhecer os seus fundamentos e história.    Ao colocar os pés na água do mar, não esqueça de saudar os divinos orixás, a vida e aos nossos ancestrais cativos, a quem devemos tanto.



Texto de: Douglas Fersan
Imagem e texto do Blog: Umbanda em Debate


Pensamentos, Obras e Ações







Estou aqui no meu quarto, e me pego a questionar!
Sei o que quero?
Sei o que me rege?
Talvez agora possa responder:
- Quero a Paz, Amor e a Fé.
Quero Perdão e a Leme de meu Pai Oxalá.
Quero ser sua filha, ainda pequenina e começando a caminhar.
Caminhar para a Espiritualidade, caminhar para o aprendizado, crescimento e amadurecimento do meu Espirito.
Quero ser a mais pequenina e humilde, entre todos meus irmãos, mais perante o Nosso Pai gigante no pensamento, obras e ações.
Me ensina Pai, o que devo fazer, para que o orgulho e arrogância, nunca se aproxime de mim.
Quero ser o que Senhor espera de mim. 
Um ser de luz, a todos que se aproximarem de mim sentir sua presença.
Não me deixes sozinha nesse mundo de pecados e destruição, onde tantos só pensam na matéria.
Quero ser a Luz pequenina da vela que ilumina a escuridão, levando a Paz a todos irmãos.
Me perdoa Pai, a minha pretensão.
Mas a Humildade e caridade foi seu Filho que nos deixou.
Hoje aqui quero agradecer, de todo meu coração ao meu Pai Oxalá, e todos Orixás, pelas oportunidades me dada para seguir em frente a minha caminhada.
E Que Assim Seja!





Texto de: Maria de Lourdes Barros Fonseca
Imagem de Tirada da Web: Boas Novas

"À Caminho de Aruanda"

'Sua curiosidade vai fazer você encontrar o caminho certo' Atotô Obaluaê